terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dilma diz que praxe sugere que ela seja candidata à reeleição

Adriana Ferraz, Wellington Alves e Folha de S.Paulo
do Agora
Em entrevista ao "Jornal da Band", a presidente eleita Dilma Rousseff afirmou ontem que a praxe sugere que ela seja candidata à reeleição em 2014. Questionada sobre a declaração do presidente do PT, José Eduardo Dutra, segundo quem Dilma seria candidata natural à reeleição, a presidente eleita respondeu: "Olha, a praxe é essa".
Bem humorada, acrescentou: "Eu sou mineira e prudente (...) Essa é a praxe: hoje, no Brasil, o presidente eleito tem direito à reeleição. Agora, sem tomar posse, começar a discutir 2014, é botar não a carroça na frente dos bois, é botar a carroça, os carros, os caminhões. Não é cabível isso", afirmou.
Durante a entrevista na TV Bandeirantes, Dilma Rousseff reforçou a intenção de governar "para todos, sem exceção, inclusive para aqueles que votaram na oposição".
A presidente eleita negou ontem que já esteja ocorrendo uma disputa por cargos em seu futuro governo, liderada pelo PMDB. "A ciumeira [do PMDB] não é procedente. Até agora não chegou a mim nenhuma reclamação. Hoje [Ontem] foi constituída a comissão de transição, integrada pelo vice-presidente [Michel Temer], que, neste caso, não representa partido nenhum, como eu", disse.
A petista afirmou que o preenchimento dos cargos ocorrerá em função da capacidade técnica e da liderança política dos indicados. Segundo Dilma, as reuniões que estão sendo realizadas desde anteontem não têm como objetivo a escolha de ministros. O trabalho, por enquanto, diz respeito apenas à transição dos governos. Sobre as possíveis medidas que o presidente Lula planeja tomar até o fim de seu mandato --redução de gastos, por exemplo--, Dilma assegurou que não se trata de um "saco de maldades". "Ele vai fazer o que tem de fazer."
A petista, que também deu entrevista para o "Jornal do SBT", reafirmou o compromisso, estabelecido em seu discurso da vitória, de garantir a liberdade de imprensa. Declarou ser contra qualquer tipo de controle da mídia, mas defendeu o estabelecimento de um marco regulatório para o setor.

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