Para analistas, PIB deve crescer de 4% a 4,5% em 2013
16 de novembro de 2012 | 17h 52
Em contrapartida, o diretor ouviu do mesmo grupo de analistas, composto basicamente por representantes de asset managements, que a inflação não deverá recuar, mantendo-se ao redor de 5,5%, taxa com que deverá encerrar o ano em curso e, pior, aumentará no decorrer de 2014. De acordo com o que disse à Agência Estado um profissional que participou da reunião, a inflação deverá repetir no ano que vem a mesma taxa de fechamento de 2012 seja pela redução da tarifa de energia elétrica - a previsão é de que o corte de cerca de 16% retirará do IPCA algo ao redor de 0,5 ponto porcentual -, seja pelo PIB potencial menor.
Na reunião, segundo essa fonte, houve consenso entre os analistas de que a inflação não vai cair em 2013 em relação a 2012, entre outras coisas, porque o cenário externo não deverá mostrar retomada forte. Se houvesse melhora externa, parte do grupo acredita que a inflação brasileira subiria.
"De modo geral, na minha reunião o tom foi mais positivo do que era na reunião anterior", disse a fonte, ao mencionar o relato feito por Araújo do encontro com analistas de três meses atrás.
O mercado de crédito, que na primeira reunião de hoje (16) teria surgido como fator de maior preocupação de Araújo e dos analistas, não foi sequer mencionado na segunda reunião. Para a fonte, é natural que a variável crédito receba maior espaço para discussão na primeira reunião, que reúne grandes bancos e, por conseguinte, os maiores doadores de crédito.
As informações colhidas pelo BC com os analistas hoje serão usadas para ajudar na confecção do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) que a autoridade monetária divulgará em dezembro, até o dia 31.